Quando a Comissão Europeia lançou o EURM-060, primeiro material de referência certificado para contagem de partículas de PET em água potável, abriu-se um divisor de águas (literalmente) na guerra contra microplásticos. O kit permite que laboratórios calibrem lasers e espectrômetros, garantindo que Paris, Lisboa ou Fortaleza falem a mesma “língua” ao reportar números. Antes, cada estudo usava filtros e protocolos próprios; agora existe um “padrão-ouro” que a nova Diretiva da Água já incorporou no mecanismo de watch-list ambiental. crm.jrc.ec.europa.euopenaccessgovernment.orgsmartwatermagazine.com
Do ponto de vista de saúde pública, o passo é crucial: estudos indicam que partículas nanométricas atravessam barreiras celulares e podem carrear disruptores endócrinos. Com medições comparáveis, reguladores podem finalmente estabelecer limites máximos e forçar fabricantes a redesenhar embalagens. Para o consumidor, a mensagem é simples: filtros domésticos certificados começam a fazer sentido, e pressionar companhias de saneamento por relatórios transparentes virou dever cívico.